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sábado, 16 de maio de 2009

Azulão, pronto para novos vôos


David da Silva

Minutos antes de começar o jogo, um bode teve sua cabeça cortada no meio do campo. Os jogadores passaram um pouco do sangue do bicho no rosto e nas chuteiras, para dar sorte.
Esta foi uma das histórias que o atacante Azulão contou para Guimarães sobre os cinco meses em que jogou na Turquia pelo Gazientep BB (foto acima). 
O craque visitou ontem o Salão Histórico do Clube Pequeninos do Jockey, time que o levou pela primeira vez à Europa, quando ele tinha 14 anos de idade.
Tiago Lima Leal ganhou o apelido de Azulão aos 10 anos, quando começou a treinar no Ceret, no Tatuapé, tendo como técnico o ex-atleta Biro-Biro. A roupa de treino era toda azul, e o apelido pegou.
Azulão sempre teve o apoio de seu pai, Carlos, que era boleiro nos times de várzea de Guianazes, onde a família mora na zona leste paulistana. Carlos chegou a bater bola com Zé Roberto na várzea da zona leste. “O Zé já treinava no Pequeninos do Jockey, e sempre chamava meu pai pra vir junto; ele nunca quis”, conta Azulão.
Dois anos depois de entrar no Ceret, durante uma partida contra a Portuguesa os olheiros da Portuguesa de Desportos gostaram do jogo de Azulão. O garoto então com 12 anos foi para o time do Canindé. Ali ficou também por dois anos.
Quando houve uma dissidência de dirigentes da Lusa, alguns treineiros montaram o clube Boa Vista, no bairro do Pari. E Azulão foi junto. Estava já com 14 anos, e começava a se firmar como atacante diferenciado.

O chamado do velho Guima

Em 2002 Guimarães falou ao técnico Zé Silva, do Boa Vista, que precisava de um atacante para ir com o Pequeninos do Jockey para a Europa. Azulão foi levado até o campo da Chácara do Jockey para um amistoso contra o Botafogo de Ribeirão Preto. O moleque entrou no segundo tempo, marcou um gol e deu o passe para um outro. O velho Guima não teve dúvidas. E acertou em cheio. Na 17ª viagem do Pequeninos do Jockey para disputar quatro copas mundiais infanto-juvenis em quatro países da Escandinávia, Azulão foi o artilheiro com 57 gols. Trouxe ainda outro troféu. A cada temporada europeia, Guimarães estimula seus atletas a fazer um texto sobre a viagem. E Azulão foi também campeão na escrita.
Se isto não bastasse, foi eleito entre os 11 melhores para compor o All Star Team da Gothia Cup’2002, disputada anualmente na Suécia.
De volta ao Brasil, Azulão entrou para o São Paulo FC. Jogou lá por cinco anos, passando pelo infantil, juvenil, juniores, até se profissionalizar.
Azulão visita Guimarães na Sala de Troféus do CPJ. Foto: David da Silva

Com a perna no mundo

Cumprido seu compromisso com o Tricolor paulista, Azulão foi para Minas Gerais jogar no Social, da cidade de Coronel Fabriciano, pelo Campeonato Mineiro de 2008.
Em junho daquele ano Azulão foi para o Rio de Janeiro vestir as cores do Madureira e disputar a série C.
O ano terminou, e depois de passar Natal e Ano Novo com a família, Azulão voltou para Minas Gerais, desta vez para atuar no Guarani, de Divinópolis. Deu azar de o time cair, e voltou para casa.
Depois de cinco dias de espera, o telefone tocou. Era seu empresário Alberto Zini Junior, e Azulão arrumou as malas, pegou o passaporte e voou para a Turquia.
Jornal da Turquia dá destaque a Azulão - Foto: Reprodução

O capitão gordo

Azulão jogou na cidade turca de Gaziantep, no time com o mesmo nome da cidade.
A maior dificuldade foi a alimentação. Teve de comer muita sopa e carne de cabrito.
E amargou muito banco. O camisa 10 era também o capitão do time, e não abria uma brecha para Azulão mostrar seu futebol. “Ele era um cara gordinho, muito bacana, mas acho que tinha medo de eu conquistar a posição”, relembra.
Agora Azulão está estudando algumas propostas de times que saibam aproveitar este atacante de 21 anos que conhece o caminho do gol.
Tiago Azulão com o Pequeninos do Jockey na Suécia em 2002

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Ele fez parte da pré-história do Pequeninos do Jockey

Quando o advogado José Tadeu Reyes entrou na Assessoria de Imprensa do Pequeninos do Jockey, na tarde da última 4ª-feira, eu não podia fazer idéia do valor histórico deste homem na construção do nosso Clube.
Tadeu participou do Pequeninos quando o clube ainda nem tinha este nome, em meados da década de 1960. Foi no período quando a agremiação começava a aceitar garotos que não eram filhos de funcionários do Jockey Clube de São Paulo. Somente em maio de 1970 Guimarães decidiu oficializar o nome da entidade, e torná-la juridicamente independente do clube patrono.

Uma carona importante

Tadeu devia ter seus 12 anos quando juntou-se ao nosso grupo (ele está fazendo o levantamento preciso dos fatos, para escrever sua crônica daquele tempo).
Ele havia ido ganhar brinquedo no Salão da Criança, que na época acontecia no Ibirapuera. Viu estacionado o ônibus do Jockey que traria as crianças para a região de Pinheiros, onde ele morava na Rua Maria Carolina. Pediu carona, e no caminho perguntou para o técnico José Carlos Pinto Ricci, que ajudava Guimarães, como poderia jogar com os garotos do Jockey.
No domingo seguinte, Tadeu foi à quadra da Rua Henrique da Cunha, nº. 130, onde Guima treinava a garotada, ao lado do Hipódromo Cidade Jardim. Antes de jogar, as crianças assistam à missa, comiam lanches, e só depois vinha a bola. Neste período, só se jogava futebol de salão no Clube que anos depois se chamaria Pequeninos do Jockey.
Já no primeiro jogo, Tadeu foi escalado para a equipe principal. Logo na estréia, marcou seu gol de bicicleta.

Passado e futuro

Durante seu relato, as lágrimas brotaram da memória de Tadeu, ao relembrar o uniforme com camisa listrada de azul e branco. Seus colegas de quadra eram Anibal, Dendico, Arnaldinho e Saúva.
Tadeu também nos conta que as equipes do seu tempo eram distinguidas com fardamentos verrmelho, amarelo e branco. Bem depois é que Guimarães definiu o clube como vermelho-e-branco.
Ao sair do time dos garotos do Jockey Clube, Tadeu atuou por dois anos no São Paulo FC. O futebol de então não dava dinheiro. Ele optou pela Faculdade de Direito, e hoje é advogado em Cuiabá, capital do Mato Grosso.
A visita de Tadeu ao nosso Salão Histórico deu-se pelo nascimento de seu netinho Gabriel, filho de seu filho Renato com Daniela. “Eles moram no Rio de Janeiro, e eu resolvi esticar até São Paulo para resgatar este meu passado no Pequeninos do Jockey”, conta Tadeu, na foto abaixo com Guimarães no nosso campo da Chácara.

Bruno Lança visita Guima

Na última terça-feira o jogador Bruno Lança visitou a nossa sede, onde foi recebido pelo presidente Guimarães.
Bruno Lança iniciou no Pequeninos do Jockey em 1986. Em 1988 saiu do nosso clube. Atuou no São Paulo FC de 1995 a 1997, quando retornou ao Pequeninos do Jockey. Um ano depois seguiu para a carreira profissional no Juventus.
Atualmente com 26 anos, Bruno Lança é um meia vigoroso. Com seus 1,84m e 86 quilos, tem bom domínio de bola, chuta muito forte e é excelente na marcação.
É um jogador traquejado e já jogou no Brasil de Norte a Sul. Em 2005, Bruno estreou sua carreira internacional na Itália, e também jogou na China em 2007.
O currículo de Bruno Lança traz passagens pelo São Paulo FC (1995-97), Juventus/SP (1998-99), Cruzeiro/MG (2000), Atlético/PR (2001-05), Reggina Calcio/Itália (2005), Juventude/RS (2005), Atlético/PR (2006), Santa Cruz/PE (2006), Wuhan/China (2007), Mirassol/SP (2008) e Linense/SP (2009).
Atualmente Bruno Lança estuda propostas de clubes. Enquanto isto, mata saudades do Pequeninos do Jockey, treinando no nosso campo da Chácara.






Bruno Lança em sua passagem pelo Atlético/PR onde foi vice-campeão brasileiro em 2004, e campeão paranaense em 2005.






Em 2006 Bruno Lança atuou no Santa Cruz, em Pernambuco









Bruno Lança jogou no Clube Atlético Linense, no interior de São Paulo, no início de 2009